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8 de abril de 2013

Início da II unidade - vamos refletir!

Vamos que vamos!!!
Semana começando, II unidade também.

Não vamos parar. Feira de Conhecimentos daqui a alguns meses chega. Vamos mostrar nossa capacidade e compartilhar saberes!
Para refletir:



Grande abraço,

 Diogo Xavier

21 de janeiro de 2013

Texto para reflexão (Arroz de Palma)


"O Arroz de Palma"

 

Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir.
Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite.

O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente. E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza. Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa. Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada. O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe “Família à Oswaldo Aranha”, “ Família à Rossini”, Família à “Belle Meunière” ou “Família ao Molho Pardo” em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é “à Moda da Casa”. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito. Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de “Família Diet”, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.

Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia- a -dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança, principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu.  O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete. "Se tivéssemos consciência do quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes."

20 de janeiro de 2013

Análise Literária - Balada (Tchê Tchê Rê Rê)

*Esta postagem é de cunho puramente humorístico. Não visa inferiorizar aqueles que gostam da música, do cantor ou do estilo musical. Se acha que vai se sentir ofendido, não leia. Simples assim.

Bem, como eu já havia feito algumas vezes no Facebook, farei uma análise crítica e reflexiva acerca do estilo e das concepções filosóficas de um artista contemporâneo que manifestam toda sua cultura na forma de composições líricas para serem acompanhadas por arranjos musicais. Nossa, profundo.

Enfim, as observações vão em destaque, junto com a letra. Se quiser ouvir [de sua própria conta e risco], o vídeo vai incorporado à postagem. Caso queira ler esta riquíssima obra sem os comentários impertinentes, clique AQUI.





Balada (Tchê Tchê Rere)
Gusttavo Lima


Eu já lavei o meu carro, regulei o som [é balada mesmo ou aquele costume de pseudo ricos de colocar o som em último volume no carro na frente de um posto de gasolina para não pagar ingresso numa balada de verdade? Pergunta retórica. Já sabemos a resposta]

Já tá tudo preparado, vem que o brega é bom [Paradoxo. Clique para saber o que é.]
Menina fica a vontade, entre e faça a festa [Não sei se a ausência de crase em "a vontade" está na letra original ou no site que publicou. Enfim. Aparentemente já começou a balada, mas, 'peraí'! Entra onde? No carro?]
Me liga mais tarde, vou adorar, vamos nessa [Então não começou? Como assim?]

Gata, me liga, mais tarde tem balada [Isso já foi dito. O nome da música é 'balada', mas até agora só se falou que acontecerá em momento posterior. Esta estrofe e a próxima se repetem. Não deu pra pensar em algo novo]
Quero curtir com você na madrugada [Com essa riqueza vocabular, é melhor que ele tenha outros atrativos]
Dançar, pular até o sol raiar. [Dentro do carro?]
Gata, me liga, mais tarde tem balada [Mais tarde quando? Ano que vem?]
Quero curtir com você na madrugada
Dançar, pular que hoje vai rolar. 

Tchê tcherere tchê tchê,
Tcherere tchê tchê,
Tcherere tchê tchê,
Tchereretchê
Tchê, tchê, tchê, [Temos aqui uma onomatopeia, usada para representar um som que só Deus sabe de que é. Tem alguma coisa a ver com a balada que nunca começa? Com o carro? Com o telefonema da menina ?]
Gustavo Lima e você [x2] [Rima altamente criativa: tchê > você. Não tenho palavras para adjetivar um cantor que coloca o seu próprio nome na letra da música. Como a Legião Urbana não pensou nisso antes?
"Quero colo, vou fugir de casa
Posso dormir aqui

Renato Russo e você?]


Se você me olhar vou querer te pegar [É de uma riqueza sentimental. Ma-ra-vi-lho-so! O eu-lírico afirma crer que o olhar da mulher que se pretende cortejar em direção ao seus olhos provocaria sensações e sentimentos afetivos os quais gerariam um aumento da circulação sanguínea e estímulos fisiológicos. Tudo isso provocaria um instinto físico que impulsiona o ser humano ao prazer sexual e geraria a vontade de estabelecer contato físico com a mulher em questão]
E depois namorar, curtição [Devido à catarse provocada pelo verso anterior, o poeta cometeu um pequeno deslize de paralelismo, já que os dois primeiros complementos do verbo QUERER são verbos, e o terceiro , desconexo e mal encaixado, é um substantivo, gerando a quebra de paralelismo]
Que hoje vai rolar... [Esse gosta de futuro, né? Começa ou não começa?!]

Gata, me liga, mais tarde tem balada ["masoq"!!! De novo?]
Quero curtir com você na madrugada
Dançar, pular até o sol raiar.

Gata, me liga, mais tarde tem balada
Quero curtir com você na madrugada
Dançar, pular que hoje vai rolar.

Tchê tcherere tchê tchê,
Tcherere tchê tchê,
Tcherere tchê tchê,
Tchereretchê
Tchê, tchê, tchê,
Gustavo Lima e você[x2] [vemos aí uma repetição nas três últimas estrofes, claramente, caracterizando o refrão ou estribilho, provavelmente influência da poesia trovadoresca, como o poema chamado, pela teoria literária, de balada. Ei, agora descobri o por quê do título!!!]

Gata, me liga, mais tarde tem balada
Quero curtir com você na madrugada
Dançar, pular que hoje vai rolar.

Gata, me liga, mais tarde tem balada
Quero curtir com você na madrugada
Dançar, pular que hoje vai rolar.

Tem Gustavo Lima até de madrugada. [Como assim? Depois disso ele não mais existirá? Estará ele prevendo sua morte? Intrigante...]
[As partes seguintes dispensam análise, uma vez que já foram devidamente apreciadas logo acima. Essa repetição intencional visa reforçar a ideia do amor à primeira vista, ressaltada na segunda estrofe, além de visar enquadrar-se no estilo poético 'balada', como já foi citado] 

Tchê tcherere tchê tchê,
Tcherere tchê tchê,
Tcherere tchê tchê,
Tchereretchê
Tchê, tchê, tchê,
Gustavo Lima e você[x2]

Se você me olhar vou querer te pegar
 E depois namorar, curtição
Que hoje vai rolar...

Gata, me liga, mais tarde tem balada
 Quero curtir com você na madrugada
Dançar, pular até o sol raiar.


Gata, me liga, mais tarde tem balada
Quero curtir com você na madrugada
Dançar, pular que hoje vai rolar.

Tchê tcherere tchê tchê,
 Tcherere tchê tchê,
Tcherere tchê tchê,
Tchereretchê
Tchê, tchê, tchê,
Gustavo Lima e você[x2]




Seria esse o carro em questão?

É isso! Espero ter feito jus a toda a grandiosidade dessa produção artística musical. Em breve, teremos mais.

Boa semana e boas férias, pra quem as tem.

Professor Diogo Xavier

tags: humor, música, gustavo lima, balada, tchê tcherere tchê tchê, crítica, piada

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